No último dia 8, em São Paulo ocorreu um debate na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) com alguns profissionais da área, onde o projeto foi debatido e validado.
Em entrevista exclusiva, Yuzo explica como funcionará o reconhecimento da profissão DJ, quais são os benefícios e qual a diferença entre o reconhecimento e a regulamentação.
Representantes do RMC falam sobre o Amsterdam Dance Event |
A 16ª edição do Amsterdam Dance Event
(ADE), um dos maiores encontros do mundo de música eletrônica,
aconteceu de 19 a 22 de outubro, em Amsterdam, na Holanda. Entre os
representantes brasileiros que participaram do ADE está Claudio da Rocha Miranda Filho, um dos sócios e fundadores do Rio Music Conference, e Pedro A. M. F. Nonato da Silva, diretor internacional do RMC. Abaixo você confere o depoimento deles sobre o ADE 2011. Pelo segundo ano consecutivo participei do ADE, dessa vez convidado pela organização do evento, em nome do RMC, para o programa "Focus on Brasil", espécie de intercâmbio entre empresas brasileiras e holandesas, com rodadas de reuniões, as "speed mettings", painel e a noite um jantar amigavelmente apelidado de "Brazil Dinner". Foi uma experiência rica para troca de informações, estabelecer contatos e para entender a mecânica de diversos modelos de negócios num mercado muito mais amadurecido que o brasileiro. A organização do evento, a conexão com a cidade, a qualidade dos painéis, as lindas sedes - Felix Meritis e Dylan Hotel - e a incrível pontualidade européia nas atividades já não me chamaram tanta atenção, realmente nestes aspectos o Amsterdam Dance Event é um espetáculo a parte. Entretanto, dois outros pontos saltaram aos meus olhos este ano: Em primeiro lugar como o evento cresceu de participantes de um ano para o outro. Segundo a opinião de muitos que conversei, é reflexo do mercado de música eletrônica norte-americano que está a todo vapor, com centenas de novas festas, clubes e festivais, assim como a participação cada ano maior dos mercados emergentes, como Brasil e países da Ásia. Estava lotado. Mais do que isso, ficaria desconfortável e não tão calmo, uma necessidade para as intermináveis reuniões que acontecem o dia inteiro. Em segundo lugar, para quem não sabe, o evento é patrocinado pelo governo Holandês, que tem a música eletrônica como um bem cultural do país, como uma espécie de samba deles. E, não que fosse explícito, mas nos textos dos materiais oficiais e na própria conversa com os organizadores, sentia-se no discurso um tom para enfim legitimar a posição da Holanda como o centro da música eletrônica mundial. Título que já foi da Inglaterra (Londres) nos primórdios e depois da Alemanha (Berlim). E não é para menos, além sediar o ADE, que é o principal congresso europeu, talvez mundial, do mercado de música eletrônica, a Holanda nos 7 últimos anos, exceto este que David Guetta venceu, teve seus Djs como os mais populares do mundo pela revista DJ (Tiesto 3 vezes e Armin van Burren, 4), tem festivais incríveis como o Sensations e Dance Valley, dezenas de clubes de qualidade - Melkweg, Paradiso, Air, Trouw, apenas para citar alguns - além de diversos artistas com destaque internacional, como Joris Voorn, Afrojack, Laidback Luke, Ferry Costner, Sander Van doorn, entre muitos outros. E ai, a Holanda é o novo hub da música eletrônica mundial? Por: Pedro A. M. F. Nonato da Silva - Diretor internacional do RMC Caros Leitores, me chamo Pedro Nonato, sou carioca mas moro em Paris, onde trabalho como Jornalista Correspondente e Diretor Internacional do Rio Music Conference: vez por outra, vamos nos esbarrar nestas páginas – ou melhor, telas. Na semana passada fui, pela primeira vez, ao ADE, com missão de fazer uma agenda de trabalho com quase trinta reuniões em apenas quatro dias e, na hora, pensei comigo mesmo: “ah, mas não vou conseguir mesmo!”, afinal são quase 3.000 delegados. Para minha surpresa, logo na primeira reunião as coisas engataram e assim foi até a última delas, o que me deixou muito impressionado como tantos já conheciam e queriam mais informações sobre o RMC. Outro ponto que me chamou a atenção foi o foco apuradíssimo no trade, desde os equipamentos, às palestras, às conferências e aos show-cases, é tudo pensado de forma a fazer a caixa registradora da electronic dance music tilintar. E, fora dos três locais onde tratávamos de negócios, Amsterdam faturava alto com cerca de 130.000 visitantes que foram participar das festas oficiais do ADE espalhadas por toda a cidade. Isso tudo me fez mudar de opinião à respeito de Amsterdam que, desde a primeira vez que lá havia ido, não tivera boa impressão da cidade – e não falo do ponto de vista da sua importância histórica, da beleza de sua arquitetura e de seus canais ou mesmo da simpatia de seus habitantes. E pude, apesar de ter ido à trabalho, andar pelas ruas, frequentar lugares com muitos holandeses e percebi uma gente amável, simpática e linda: devo confessar que a cidade me conquistou. É isso, missão dada, é missão cumprida. |
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