Mesmo com chuva, evento atraiu mais de 10 mil pessoas ao Bioparque, em Curitiba
O temporal que caiu na capital paranaense no sábado passado foi muito atípico. Segundo a imprensa local, os ventos atingiram 85 km/h, árvores foram derrubadas em algumas ruas da cidade, casas foram destelhadas e bairros inteiros ficaram sem energia elétrica por várias horas. Até mesmo outros eventos marcados para o mesmo dia, como uma partida de futebol americano, que seria realizado no estádio Couto Pereira, foram cancelados devido ao mau tempo.
Se na estrutura fixa da cidade o estrago foi grande, pensem no impacto que o mau tempo teria em uma estrutura que foi erguida para ficar em pé por apenas um dia. Segundo a organização, a chuva somada ao vento queimou 1 mesa de iluminação, 70 movings, duas CDJ2000nexus, um mixer Pioneer DJM850, 5 placas de LED, entre outros equipamentos. Ainda assim, alguns equipamentos foram substituídos e a festa seguiu em frente, mesmo que com a estrutura deficiente (como o backstage, que ficou sem iluminação).

Passada a chuva, que acabou perto das 20h e, por sorte, não voltou mais, a festa voltou ao seu normal, exceto por uma pausa de cerca de 20 minutos no palco principal, ainda reflexo dos problemas técnicos causados pela chuva.
No main stage o line-up era aquela nostalgia de 4 anos atrás que já sabiamos desde sua divulgação, e nessa proposta, a Playground conseguiu o que queria: uma pista cheia de saudosistas que pulou muito ao som de Astrix, Sesto Sento e Skazi.
Astrix e Sesto Sento apresentaram um set apenas morno, sem muitas surpresas e, no geral, empolgando apenas suas respectivas legiões de fãs.
Já Skazi foi, entre os dinossauros escalados para o line up, um dos grandes destaques da festa. Na primeira metade de seu set, o maior fanfarrão do Psytrance mostrou que também se rendeu ao dubstep, tocando o estilo por umas 4 ou 5 vezes, com direito a música do Skrillex e tudo mais. Já na parte final de seu set, o israelense tocou as mais do que esperadas "Acelera" e "I Wish", esta última, cantada como um verdadeiro hino por praticamente todo o público que lotava o main stage. Foi bonito, e ao mesmo tempo, engraçado ver que um projeto que costuma ser usado como sinônimo de Psytrance ruim ainda consegue extrair emoção de milhares de pessoas.
Na sequência, os progressivos que misturaram nostalgia (Ticon e Ritmo) com excelentes novidades (Loud) e o encerramento com o tech house e minimal de Kanio e Audiojack, que para muitos foi outro destaque da festa.
Ainda na parte final do evento, ao amanhecer, um ponto negativo notado pelo público foi o excesso de pessoas "aleatórias" no palco principal, que por muitas vezes tentavam aparecer para o público mais do que os próprios DJs.
Infelizmente, Ace Ventura (que tinha outra apresentação marcada para o mesmo dia em Belo Horizonte) teve problemas logísticos e não conseguiu chegar a tempo, como informou sua agência neste comunicado oficial.



Único ponto estrutural que foi bem falho seja o camarote:
o open bar não deu conta da demanda, e era comum as bebidas acabarem ou
estarem quentes, causando a revolta nas pessoas que pagaram caro para
usufruir dele. Se houver uma nova Playground com camarote open bar, com
certeza a logística dele terá que ser revista, pois este está sendo um
dos pontos mais criticados pelo público. Já os bares de fora do camarote
funcionaram bem durante a festa toda, sem filas e confusões.
No final das contas, a Playground saiu com
saldo positivo. Para uma festa estreante na cidade e que enfrentou um
grande desafio meteorológico, cometeu algumas falhas que provavelmente
serão corrigidas para o próximo ano. Para ver mais fotos, confira a
cobertura completa que nosso parceiro Zooe fez, neste link!
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