Saiba agora se 24 conceitos populares sobre as drogas são verdadeiros ou falsos
Graças a mídias de massa conservadoras e tendenciosas (como a revista Veja), o imaginário coletivo possui diversos conceitos prontos sobre as drogas que nem sempre são verdade. Numa tacada de mestre, o UOL reuniu diversos destes "sensos comuns" e chamou especialistas para comentá-los, dizendo se são mitos ou verdades. Abaixo você confere a íntegra desta reportagem, que é de grande utilidade pública.

VERDADE: no mundo e no Brasil, o álcool é a droga com maior índice de mortalidade e de morbidade, ou seja, de incapacitação do usuário. "O álcool é fator de risco para uma série de doenças. Embora muitas drogas levem à morte, em termos de saúde pública o álcool é a mais grave porque o consumo é elevado", afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Segundo a médica, cerca de 80% da população consome álcool; o número de usuários de drogas ilícitas gira em torno de 1%, com exceção da maconha, que fica por volta de 7%.

PARCIALMENTE VERDADE: pesquisas em laboratório mostraram que a maconha pode levar a uma queda na quantidade de espermatozoides e fazer com que eles se locomovam de maneira um pouco diferente, mais lentamente. "Na vida real, porém, não há nada comprovando que isso cause infertilidade entre os usuários", explica o psiquiatra do Hospital da Clínicas de São Paulo Ivan Mario Braun, autor do livro "Drogas - perguntas e respostas".
PARCIALMENTE VERDADE: os prejuízos vão depender do
tipo de droga e de quão eventual é esse consumo "recreativo". "É muito
tênue o limite entre o 'recreativo' e o vício. Além disso, mesmo o
consumo eventual pode provocar acidentes e levar ao sexo desprotegido",
afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e
Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Também é preciso levar em conta
que cocaína, heroína e crack viciam com facilidade e, portanto, é
difícil manter um consumo apenas "recreativo".
PARCIALMENTE VERDADE: embora existam algumas
experiências e até pesquisas científicas apontando nesse sentido, usar a
maconha para se livrar de outros vícios é contestável sob o ponto de
vista médico, diz o psiquiatra Ivan Mario Braun. "Existem outros
tratamentos melhores, mais aceitos. Não faz sentido você passar de uma
droga para outra", afirma.
VERDADE: são identificados com uma tarja preta na
embalagem os remédios benzodiazepínicos, como Rivotril, Lexotam,
Diazepan, Frontal, Valium e Dormonid, que têm potencial para causar
dependência, além de prejudicar a memória e estarem relacionados a
quedas em idosos. Portanto, sua venda é controlada e a receita fica
retida na farmácia. Mas isso não significa que os demais medicamentos
sejam seguros. "As anfetaminas causam muito mais dependência e não são
'tarja preta'. E há ainda outras substâncias perigosas. O zolpidem, por
exemplo, tem mecanismo de ação muito semelhante aos benzodiazepínicos,
mas é vendido com receita normal", afirma o psiquiatra Ivan Mario Braun.
VERDADE: estudos epidemiológicos mostram que o
consumo de drogas ilícitas é mais elevado entre a população de até 24
anos. Para algumas drogas específicas, porém, a distribuição é
diferente. "No caso das anfetaminas, por exemplo, o maior consumo é
entre mulheres na faixa dos 40 anos. Já o consumo de álcool é
distribuído por todas as faixas etárias", afirma o psiquiatra Dartiu
Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e
Atendimento a Dependentes) da Unifesp.
MITO: o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira,
coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a
Dependentes), da Unifesp, explica que o crack, por ser realmente muito
barato, é a única opção de consumo para a parcela mais pobre. Porém, ele
garante que há entre os usuários do crack uma parcela que é de classe
média e alta.
MITO: as imagens das cracolândias por todo o país
dão a impressão de que o crack sempre leva ao extremo da degradação, que
o viciado acaba como indigente, o que não é verdade para todos os
usuários. "Nem todo mundo vai por esse caminho, tem gente que consegue
manter o uso e ter uma vida produtiva", garante o psiquiatra Dartiu
Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e
Atendimento a Dependentes) da Unifesp.
MITO: embora reconheçam que o ecstasy está entre as
drogas com o menor potencial de causar dependência, os especialistas
evitam classificar a droga como 'leve' por causas dos riscos à saúde que
provoca. "Mas de fato ela é muito usada de maneira eventual,
'recreacional', em festas, e no restante do tempo o usuário leva uma
vida normal", diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do
Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp.

VERDADE: embora a substância seja a mesma, a forma aspirável da cocaína causa menos dependência, ou, ao menos, demora mais para viciar, explica o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp: "Na forma injetável a concentração da droga no sangue sobe rapidamente. E sempre que o 'pico' de ação da droga é maior, maior o risco de dependência".

VERDADE: a combinação, no entanto, é extremamente perigosa, alerta o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp. "Também é bem frequente as pessoas associarem a cocaína e o álcool, uma droga que excita, outra que deprime, fazendo um ciclo", diz. O perigo deve-se a duas razões: ao juntar duas drogas, formam-se novas moléculas no corpo, que podem ser ainda mais agressivas; a quantidade consumida das drogas acaba sendo maior. "Beber muito dá sono. Mas em vez de ir dormir, e parar de beber, a pessoa usa cocaína e logo fica com vontade de beber mais", diz Silveira.

VERDADE: essas drogas, no entanto, só devem ser usadas para emagrecer sob rigorosa orientação médica e nutricional, porque têm alto potencial de causar dependência, alerta o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

VERDADE: estima-se que 40% do risco de uma pessoa ter problemas de alcoolismo pode ser explicado por questões genéticas, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. "É um fator relevante para o abuso e dependência tanto de forma direta, de haver certos genes ligados ao problema, quanto indireta, ou seja, traços de personalidade que predispõe ao vício", diz. Também exercem influência fatores ambientais, como a idade em que se iniciou o consumo (quanto mais jovem, maior o risco da dependência) e o padrão de consumo.
VERDADE: álcool e calmantes são dois tipos de drogas
que atuam no cérebro como depressores do sistema nervoso central e, por
isso mesmo, jamais devem ser usados juntos, alerta a psiquiatra Camila
Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da
Clínicas da USP. "Eles estimulam um neurotransmissor que inibe as
funções cerebrais. Usados juntos, há uma potencialização do efeito,
aumenta-se o poder de sedação e isso pode levar até a uma parada
cardiorrespiratória", afirma.
VERDADE: a maconha possuiu substâncias cancerígenas
semelhantes às presentes no tabaco, muitas delas numa concentração bem
superior às do cigarro. "A questão fica menos importante na maconha
porque algumas pessoas chegam a fumar um maço de cigarro por dia, mas
ninguém fuma tantos baseados", explica o psiquiatra Ivan Mario Braun.
Segundo o médico, outro efeito que aproxima a maconha do cigarro é, a
longo prazo, provocar prejuízos ao sistema cardiovascular. Quem já tem
alguma doença do coração corre ainda mais riscos, pois no momento do
consumo a maconha acelera os batimentos.
PARCIALMENTE VERDADE: segundo a psiquiatra Camila
Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital s Clínicas
da USP, a insônia é um sintoma secundário de outros problemas, como uma
depressão, por exemplo. Mas ela também pode ser provocada por azia,
apneia do sono, entre outros fatores. "Se houver de fato uma depressão,
deve se tratar a causa. Nesses casos, os remédios podem ser úteis. Mas
devem ser prescritos por um médico, para serem usados na dose e por um
período seguros", explica a médica.
MITO: embora a natureza do medicamento seja
estimular o sistema nervoso central, nem sempre o resultado é a melhora
no poder de estudo e concentração. "É perigoso porque você não sabe que
reações seu organismo pode ter: pode trazer angústia, ansiedade, dar
brancos. Por não ter sido um estudo gradual, alguém que passou a noite
estudando à base de anfetaminas pode chegar esgotado na hora da prova",
alerta a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e
Drogas do Hospital da Clínicas da USP. A médica diz ainda que
anfetaminas prejudicam a memória e a capacidade assimilação: "A melhor
forma é sempre se organizar e estudar de forma gradual".
PARCIALMENTE VERDADE: O consumo do ecstasy leva a
uma grande liberação de serotonina, o que provoca grande prazer em tudo o
que o usuário estiver fazendo. "O indivíduo tem uma sensação de
bem-estar generalizada; sente muito prazer por estar dançando, por
exemplo. Isso também o deixa mais sexualizado, de forma indireta",
explica a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e
Drogas do Hospital da Clínicas da USP. O problema da droga é que, além
do prazer, pode provocar hipertermia, taquicardia e ataques de pânico.
Em geral, 48 horas depois o usuário sente depressão, porque a droga
esgota o estoque de serotonina no cérebro.
PARCIALMENTE VERDADE: essa diferenciação, antes
muito usada por médicos, caiu um pouco em desuso. "Não importa se é
física ou mental, usamos a palavra dependência segundo os critérios da
Organização Mundial da Saúde", diz Camila Magalhães, do Grupo de Estudos
de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas da USP. Entre os critérios
para classificar alguém como dependente estão a compulsão para o uso, o
aumento da tolerância (precisa usar doses maiores para obter o mesmo
efeito) e a síndrome de abstinência (ansiedade quando o uso é reduzido
ou cessado).
VERDADE: claro que os efeitos vão depender dos
hábitos de consumo, mas, de forma geral, o cigarro é pior porque tem um
número muito mais elevado de substâncias tóxicas, afirma Thiago Marques
Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo: "Essas substâncias do
cigarro causam alto índice de câncer nas vias aéreas e provocam um forte
vício". Além disso, há quem fume mais de um maço de cigarro por dia,
quantidade difícil de ser consumida por um usuário de maconha.
PARCIALMENTE VERDADE: embora não seja possível
afirmar qual é o vício mais complicado de ser encerrado, pesquisas
apontam que o cigarro está de fato entre os piores. "Está classificado
no mesmo patamar do crack e da heroína como drogas com maior potencial
de causar dependência", afirma Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do
Hospital A.C.Camargo. Segundo explica o médico, o nível de dependência
está ligado ao prazer que a droga causa no cérebro e o tempo que dura
esse prazer, chamado meia vida. Quanto maior o prazer e menor a duração,
maior potencial de gerar dependência. "A meia vida do cigarro é de 30 a
60 minutos. A de um copo de cachaça é de até 8 horas", diz o médico.
MITO: "O álcool é o segundo fator de risco
modificável para cânceres, só fica atrás do cigarro", alerta Thiago
Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo. Os fatores
"modificáveis" são os que advêm dos hábitos das pessoas; os demais são
fatores genéticos. "O perigo do cigarro é muito divulgado, mas os
efeitos tóxicos do álcool podem provocar câncer por onde ele passa:
boca, pescoço, cordas vocais, esôfago, fígado, intestino", diz o médico.
Quanto maior o consumo, maiores os riscos.

PARCIALMENTE VERDADE: estudos comprovam que fumar maconha antes dos 15 anos de idade diminui o QI, mas essas mesmas pesquisas mostram que, após os 20 anos, a maconha não traz problemas cognitivos. "Essa diferença tem a ver com a maturação do cérebro, porque na adolescência ele ainda está terminando de se formar. Entre os 15 e os 20 anos é uma faixa nebulosa, onde não foi possível comprovar qual o impacto. Ainda assim, consideramos uma idade de risco", explica Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo.
MITO: apesar de ser uma droga com baixa incidência
de dependência, ela tem sim potencial para viciar seus usuários.
Estima-se que 10% dos que experimentam maconha acabem se tornando
dependentes; o número para quem experimenta heroína chega a 90%. "Em
geral, quem começa mais cedo tem mais risco de se tornar dependente,
assim como de desenvolver quadros psicóticos, de alucinações e
delírios", informa Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital
A.C.Camargo.
Matéria original do UOL.
ÁLCOOL É A DROGA QUE MAIS MATA NO MUNDO

VERDADE: no mundo e no Brasil, o álcool é a droga com maior índice de mortalidade e de morbidade, ou seja, de incapacitação do usuário. "O álcool é fator de risco para uma série de doenças. Embora muitas drogas levem à morte, em termos de saúde pública o álcool é a mais grave porque o consumo é elevado", afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Segundo a médica, cerca de 80% da população consome álcool; o número de usuários de drogas ilícitas gira em torno de 1%, com exceção da maconha, que fica por volta de 7%.
MACONHA CAUSA INFERTILIDADE

PARCIALMENTE VERDADE: pesquisas em laboratório mostraram que a maconha pode levar a uma queda na quantidade de espermatozoides e fazer com que eles se locomovam de maneira um pouco diferente, mais lentamente. "Na vida real, porém, não há nada comprovando que isso cause infertilidade entre os usuários", explica o psiquiatra do Hospital da Clínicas de São Paulo Ivan Mario Braun, autor do livro "Drogas - perguntas e respostas".
CONSUMO "RECREATIVO" DE DROGAS NÃO TRAZ PREJUÍZOS A LONGO PRAZO

MACONHA PODE COMBATER OUTROS VÍCIOS, COMO CRACK E COCAÍNA

TODO REMÉDIO TARJA PRETA VICIA

JOVENS SÃO A PARCELA DA POPULAÇÃO QUE MAIS CONSOME DROGAS

CRACK É UMA DROGA USADA SOMENTE PELOS POBRES

CRACK LEVA À DEGRADAÇÃO COMPLETA

O ECSTASY É UMA DROGA LEVE QUE NÃO CAUSA DEPENDÊNCIA

CONSUMIR COCAÍNA NA FORMA INJETÁVEL VICIA MAIS FÁCIL

VERDADE: embora a substância seja a mesma, a forma aspirável da cocaína causa menos dependência, ou, ao menos, demora mais para viciar, explica o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp: "Na forma injetável a concentração da droga no sangue sobe rapidamente. E sempre que o 'pico' de ação da droga é maior, maior o risco de dependência".
REMÉDIOS COM CLONAZEPAM CORTAM O EFEITO DA COCAÍNA E DO ECSTASY

VERDADE: a combinação, no entanto, é extremamente perigosa, alerta o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp. "Também é bem frequente as pessoas associarem a cocaína e o álcool, uma droga que excita, outra que deprime, fazendo um ciclo", diz. O perigo deve-se a duas razões: ao juntar duas drogas, formam-se novas moléculas no corpo, que podem ser ainda mais agressivas; a quantidade consumida das drogas acaba sendo maior. "Beber muito dá sono. Mas em vez de ir dormir, e parar de beber, a pessoa usa cocaína e logo fica com vontade de beber mais", diz Silveira.
ANFETAMÍNICOS AJUDAM A PERDER PESO

VERDADE: essas drogas, no entanto, só devem ser usadas para emagrecer sob rigorosa orientação médica e nutricional, porque têm alto potencial de causar dependência, alerta o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.
A TENDÊNCIA AO ALCOOLISMO É HEREDITÁRIA

VERDADE: estima-se que 40% do risco de uma pessoa ter problemas de alcoolismo pode ser explicado por questões genéticas, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. "É um fator relevante para o abuso e dependência tanto de forma direta, de haver certos genes ligados ao problema, quanto indireta, ou seja, traços de personalidade que predispõe ao vício", diz. Também exercem influência fatores ambientais, como a idade em que se iniciou o consumo (quanto mais jovem, maior o risco da dependência) e o padrão de consumo.
ÁLCOOL AUMENTA O EFEITO DOS CALMANTES/ANSIOLÍTICOS

MACONHA PODE PROVOCAR CÂNCER E PROBLEMAS DO CORAÇÃO

ANSIOLÍTICOS AJUDAM QUEM SOFRE DE INSÔNIA

TOMAR ANFETAMINAS ANTES DE PROVAS MELHORA O DESEMPENHO INTELECTUAL

ECSTASY TEM EFEITO AFRODISÍACO

HÁ DIFERENÇAS ENTRE DEPENDÊNCIA FÍSICA E EMOCIONAL

CIGARRO É PIOR QUE MACONHA PARA A SAÚDE

CIGARRO É O VÍCIO MAIS DIFÍCIL DE SER ABANDONADO

ÁLCOOL NÃO PROVOCA CÂNCER

MACONHA QUIMA NEURÔNIO

PARCIALMENTE VERDADE: estudos comprovam que fumar maconha antes dos 15 anos de idade diminui o QI, mas essas mesmas pesquisas mostram que, após os 20 anos, a maconha não traz problemas cognitivos. "Essa diferença tem a ver com a maturação do cérebro, porque na adolescência ele ainda está terminando de se formar. Entre os 15 e os 20 anos é uma faixa nebulosa, onde não foi possível comprovar qual o impacto. Ainda assim, consideramos uma idade de risco", explica Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo.
MACONHA NÃO VICIA

Matéria original do UOL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário